segunda-feira, agosto 28, 2006

Poemas

A Imaginação

Quando vês um fantasma

Ele está no teu quarto a imaginar,

Mas quando vês um fantasma

É pura imaginação,

Pois diz-se:

“Quem tem medo compra um cão”.



O Jantar

O jantar foi agradável,

E muito “Confortável,

Conversei com os meus amigos,

Foi um jantar amigável!


O filme

O filme foi giro;

Foi um filme de terror,

E muito excitante

Que me mudou o humor!



sexta-feira, agosto 25, 2006

Amor e Alegria

“Certo dia, num lindo castelo o Rei (Francisco) e a Rainha (Madalena) tiveram um lindo rapazinho: Ele tinha um bocadinho de cabelo castanho clarinho e uns olhos cor-do-mar. O Rei e a Rainha Madalena deram-lhe o nome de Jorge.

Deram-lhe este nome em homenagem ao irmão da rainha, que morreu aos dois (2) anos.”

E aqui vai começar uma história de amor…

Certo dia, Jorge “conquistou” os seus 28 anos. E assim o Rei Francisco levava-o todas as manhãs de madrugada à caça de veados. Pois havia um enorme bosque cheio de veados e coelhos lá ao pé do castelo.

- Jorge, então o que achas do bosque? – Perguntou o Rei parando o cavalo – É bonito não é?

- É sim pai! Respondeu Jorge muito entusiasmado por começar o seu primeiro dia de caça com o pai.

- Então filho? Começamos?

- Claro!

- Que venham de lá os veados! Gritava Jorge.

- Shh, não faças muito barulho ou eles ouvem-te!

- Eles quem pai?

- Os veados, quem é que havia de ser?!

- Ah… Tens razão!

- Olha, lá vem um!

O veado foi-se logo embora devido ao grito do Rei.

- Ó pai, viu o que fez?!

- Pronto… Foi… Foi só uma distracção! Da próxima vez apanhamo-lo!

- Espero bem que sim!

- Olha, lá vem outro!

- E o que é que fazemos agora? Perguntou Jorge a olhar discretamente para o pai.

- Agora levanta-te calmamente… Aponta a arma para o veado… E vai!

Jorge fez exactamente o que o pai lhe disse; Levantou-se calmamente, Apontou a arma… E disparou!

- BOA! Exclamava o Rei muito orgulhoso de Jorge.

- Consegui! Gritava Jorge muito orgulhoso de si próprio.

- Muito bem! Nem mesmo eu que sou um dos melhores caçadores do país conseguiria fazer isso! Parabéns!

- Obrigado… Bom, parece que o primeiro dia de caça correu muito bem!

- Pois foi, mas… Já queres ir embora?! É que só estamos aqui há praticamente 0:30 minutos! (Meia hora)

- A sério?! Pensava que tínhamos estado aqui a manhã toda devido ao teu falhanço!

- Mau Maria que o Gato já mia!

- ? Perguntou Jorge.

- Um futuro Rei nunca usa a palavra (se é que é uma palavra): “hã”!

- Ah não? Desculpe então, mas eu acho que vou ser um Rei bastante diferente!

O Rei e o seu filho montaram ambos a cavalo, ao mesmo tempo e os dois a rir. E dirigiram-se a casa.

- Rei?... Perguntava uma empregada que parecia estar com muita pressa.

- Sim?

- A Rainha pediu-me para quando vos visse chegar para vos dizer que ela está à vossa espera na Biblioteca.

- Ah, ok, e obrigado por nos ter avisado!

- De nada!

- O que é que acha que a mãe tem para falar connosco pai? Perguntava Jorge.

- Não faço a mínima ideia, mas o melhor é irmos ver, pois pode ser alguma coisa de importante, e além disso tu sabes bem que eu sou bastante curioso! Afirmou o Rei rindo-se.

Na biblioteca…

- O que aconteceu mãe? Perguntava Jorge muito curioso.

- Bem… Eu tenho um assunto não muito sério para falar com vocês os dois.

- Diga mãe.

- Sim querida, nós somos curiosos!

- Bem, o que acham da ideia de nós darmos um Belíssimo baile amanhã à noite cheio de raparigas Bonitas e Solteiras?

- Mãe, mas qual seria o objectivo disso?

- Bem querido… Eu acho que está na hora de tu arranjares uma Noiva, é que eu e o teu pai, mais eu do que ele, estamos muito cansados! Olha: são os empregados, são os bailes, são os jantares, é a limpeza da piscina… Tanta coisa!

- Eu?! Arranjar uma noiva?!

- Filho, mas isso é uma coisa perfeitamente humana! Dizia o Rei.

- Jorge, o teu pai tem razão! Além disso eu conheço-o melhor do que ninguém e mentiroso é coisa que ele não é!

- Mas mãe, antes de eu me casar ainda quero fazer muitas coisas!

- Filho, pensa em nós, pensa no quanto nós estamos cansados!

- A tua mãe tem razão Jorge, tu já não és um bebezinho como eras à vinte e oito (28) anos atrás!

Jorge suspirou e exclamou sinceramente:

- Tudo bem, por mim pode ser, mas temos que alterar a data do baile, não pode ser para a semana? Tipo Segunda-feira dava-me muito jeito!

- Perfeito! Então estamos de acordo; Baile para a Segunda que vem!

- Por mim também está tudo perfeito querida! Exclamava o Rei.

- Ainda bem!

- Agora se não se importam eu vou lá fora apanhar um pouco de ar. Dizia Jorge já na porta.

- Ok filho. Exclamava a Rainha ao mesmo tempo que o Rei.

No jardim…

Ai… Com certeza que não arranjamos uma noiva assim; num baile… Não percebo!... É a caça, são os meus pais, é a noiva... Pensava Jorge.

De repente Jorge reparou que uma linda rapariga que parecia ter mais ou menos 23 anos levava muitíssima roupa na mão e ia lavá-la ao poço ao pé do bosque. Jorge reparou que a pobre rapariga não aguentava com aquela roupa toda e então resolveu ir lá ajudá-la.

- Olá. Exclamou Jorge um pouco envergonhado.

- Olá! Respondeu a rapariga. – Precisas de alguma coisa?

- Bem… eu… eu… Eu vi-te com esse monte de roupa e pensei… bom, e pensei se tu não precisarias de ajuda…

- Ah, muito obrigada!

- Então, e… Posso saber o seu nome?

- Cláudia.

- Cláudia… Lindo nome!

- Obrigada, e qual é o seu?

- Jorge.

- O meu pai também se chamava Jorge!

- Ah… Os meus pêsames!

- Não faz mal, já vivo sozinha há muito tempo!

De repente Jorge observou melhor a roupa de Cláudia e viu que estava muito suja e toda rasgada!

- Então, e… O que estavas a fazer por aqui, se é que posso saber. Perguntou Cláudia.

- Eu estava no meu castelo, quero dizer, no jardim…

- Mas… mas… Então… Então és o Jorge; o príncipe?!

- Bem… sim.

- Oh meu Deus, peço imensa desculpa, eu não fazia a menor ideia!

- Por favor trate-me por “tu”. Dizia Jorge ao mesmo tempo que beijava a mão de Cláudia.

- Muito bem… Quero dizer… Está bem!

- Desculpe estar-me assim a meter na sua vida, mas posso só perguntar-lhe se gosta de viver sozinha?

- Se quiser também me pode tratar por "tu".

- Está bem!

- E… Sinceramente não, não gosto de viver sozinha! É que… faço o almoço sozinha, tomo o pequeno-almoço, almoço, lancho e janto sozinha… Sou muito solitária!...

- É que eu… Bem, eu estava a pensar que querias vir viver para o meu castelo…

- Oh, mas… a sério, eu iria dar muito trabalho, e além disso eu não quero atrapalhar ninguém!

- Mas não atrapalhas nada Cláudia!

- Não, mas a sério!... Eu não posso!

- Está bem, eu não insisto mais, mas… Olha, o meu pai e a minha mãe vão dar um baile na segunda-feira da próxima semana e… bem, e eu queria saber se gostarias de vir comigo…

- Oh, mas… Eu não tenho nenhum vestido e… bem, e este está todo rasgado!

- Isso resolve-se, a minha mãe não é muito alta nem muito gorda, os vestidos dela de certeza que te servem!

- Mas… Estás a ver?! Já estou a dar imenso trabalho!

- Repara numa coisa: eu é que me ofereci para te dar o vestido!

- Tens razão, e o baile é à noite?

- Sim, mas porquê? Há algum problema?

- Não! Está perfeito! Dizia Cláudia muito contente.

- Então…

- Então até Segunda à noite!

- Mas olha, eu depois envio-te o vestido!

- Está bem e obrigada, eu moro na Rua Mar Julian. Gritava Cláudia correndo para casa muito feliz!

No castelo…

Então é mesmo verdade que encontraste um par para o baile?! Perguntou a Rainha muito orgulhosa.

- Sim mãe, vou com uma rapariga linda! Ela disse que se chamava Cláudia, mas olha, ela não tem nenhum vestido e eu disse-lhe que tu lhe podias emprestar um.

- Mas é claro! É um prazer dar um vestido meu à; esperemos futura noiva do meu filho!

No dia do Baile…

- Filho… Perguntava a Rainha muito nervosa. – Tens a certeza que disseste bem o sítio, o dia e a hora deste baile?

- Claro mãe, mas tu não te queixes, pois tu também demoras IMENSO tempo para te arranjares; é a maquilhagem, é o vestido, é o penteado, é a malinha a condizer…

- Pois, tens razão filho, olha, eu cá vou um bocadinho “abanar o capacete”, ok?
– Está bem mãe, eu vou ficar aqui à espera da Cláudia.

- Está bem querido!

De repente, no cimo das escadas, Jorge viu a sua donzela: Cláudia. Ela estava deslumbrante! A Rainha reparou que o filho estava a olhar para aquela rapariga e então pensou que ela fosse a rapariga de quem o filho falava tanto, e tinha razão, a Rainha de tão admirada que ficou com a beleza da rapariga até teve que parar de dançar!

- Estás linda! Dizia Jorge.

- Obrigada! Fiz os possíveis e os impossíveis para assim o ficar!

- Dá-me a honra de dançar comigo?

- Claro!

Via-se à distância que o Jorge e a Cláudia estavam apaixonadíssimos um pelo outro. Eles dançaram durante três (3) horas seguidas até que Cláudia perguntou:

- É impressionante como só nos conhecemos há poucos dias e já estamos aqui… os dois!

- Pois é!...

- Deve ter sido o destino! Dizia Cláudia com um grande sorriso.

- Sabes… Dizia Jorge. – És a mulher mais bonita que eu alguma vez vi na vida!

- Muito obrigada! E tu és um homem mais simpático, bonito e querido que eu alguma vez vi e conheci em toda a minha vida!

- Eu… Bem, eu… Eu sei que nós só nos conhecemos há pouco tempo, mas… No primeiro momento que falei contigo vi logo que tu eras sincera… E… Assim que te vi… Bem… Eu… Eu assim que te vi apaixonei-me por ti, e… Bem… Eu queria saber o que é que tu sentias por mim…

Nesse preciso momento Cláudia beijou o Príncipe, e ela parecia ter muita certeza daquilo que estava a fazer!

- A mim aconteceu-me o mesmo que a ti!

As pessoas que lá estavam fizeram uma grande roda à volta dos “pombinhos” para os verem dançar.

“E assim todos viveram felizes para sempre: Francisco e Madalena estavam muito felizes com os seus Doze (12) netinhos, Jorge tornara-se Rei, e claro, Cláudia tornou-se Rainha. Mas coitadinhos dos veados e dos coelhos; como o Novo Rei ficara tão bom nas caçadas iam morrendo mais pobrezinhos!

Mas o que interessa é que ficaram “todos” muito contentes com a vida! Mas claro, de noite ninguém conseguia dormir, pois os 12 bebés estavam sempre a chorar (é normal!)”

segunda-feira, agosto 14, 2006

Sonhar é...

Sonhar é criar amigos,
É criar castelos,
É quando dormimos
a pensar no dia de amanhã.

Sonhar é um castelo,
Em que eu sou a princesa,
Encontro um rei
E fico a nova realeza.

Sonhar é ouvir o mar,
É desmaiar com a beleza dos nossos pais,
E muito mais!

Sonhar é dormir,
Sonhar é brincar,
Sonhar é sorrir,
Sem nunca acordar.

Depois acordamos...

Acordar é abrir os olhos,
É ver a realidade,
Não comer muitos molhos,
Mas continuar a ser majestade.

As estações do ano

O Verão
No Verão faz calor,
Vai muita gente à praia,
Encontras o teu amor,
Na água vi uma raia.

O Inverno
No Inverno faz frio,
usamos roupas quentes,
Às vezes eu rio,
Mas só quando tu mentes!

A Primavera
Primavera, Primavera,
És tão pura como o ar,
Primavera, Primavera,
Tanto ajuda no lar.

O Outono
O Outono tem uma irmã,
Chamada primavera,
Ela faz aparecer a rã,
A saltar pela janela.

O Lobo da Meia-noite

Era uma vez uma linda menina chamada Isabel. Ela vivia com a sua mãe numa velha cabana no bosque. Ela ia todos os dias a casa da sua querida tia Bárbara para ver como é que ela estava; pois ela há dias atrás tinha tido um grande acidente de carro!
E todos os dias, ao atravessar a vila para ir a casa da sua tia cantava: “-Atirei o pau ao gato, to, to, mas o gato, to, to, não morreu, eu, eu…”
Mas certo dia, quando Isabel ia para casa da sua tia Bárbara, ao passar a vila ela reparou que não tinha encontrado ninguém na vila, então pensou: “Que estranho!... Não estava ninguém na vila, será que aconteceu alguma coisa?”…
De repente Isabel encontrou um homem a pedir esmola; e perguntou-lhe:
- Desculpe, pode ajudar-me?
- “Inventaram-se as respostas para responder às perguntas!” Disse ele sorrindo para a menina:
- Estou a meter-me contigo rapariga! Então? Precisas de ajuda para quê?
- Pode dizer-me porque é que não há ninguém na vila sem contar connosco?
- Oh… Isso?! Bem, olha eu vou contar-te uma história que aconteceu mesmo há muito tempo!...
- Está bem, mas eu não tenho muito tempo!
Bem, tudo começou numa noite de lua cheia!... Começou o homem a olhar para o céu: - Estavam todos a dormir muito bem, e estava tudo muito normal, até aparecer uma mulher de pijama azul a gritar na rua:
-“SOCORRO! LOBO À VISTA! LOBO À VISTA!”
Toda a gente acordou a perguntar: “Mas que barulho foi este? Que estranho!...” E foram ver que barulho tinha sido aquele, mas quando saíram das casas... PUM! Deram “de caras” com vários lobos pretos, com uns olhos amarelos e com os dentes muito afiados e…
- E o quê? Perguntou Isabel ficando com muito medo e sempre a olhar para um lado e para o outro.
- E… As pessoas caíram todas no chão “desmaiadas”…
- Ah… E como é que você sabe disso? Quero dizer, como é que as pessoas sabem isso? Houve pessoas que não morreram?
- Ai, ai… Bem, eu soube isto pelos Deuses…
- O quê? Deuses?
Mas quando Isabel voltou a olhar para o homenzinho ele já não estava lá!
- Que estranho! Será verdade aquela história? OH, o que é que interessa? NADA! Disse Isabel irritada e voltando para trás (para casa).
Em casa…
- Olá mãe!
- Olá querida, então deste os bolinhos à tia Bárbara?
- Quais bolinhos? Tu não me deste bolinhos nenhuns!
- Ah, não? Desculpa, estive a trabalhar muito; já nem sei o que digo!
- Pois não, qualquer dia passo-te a chamar cota[1]
- Ah, pois, e eu passo-te a chamar Capuchinho Vermelho.
- Mãe?...
- Sim?
- Porquê Capuchinho Vermelho?
- Nunca reparaste que tu andas sempre com as mesmas cuecas? Nunca mudas!
- E?... O que é que isso tem a ver?
- Eu estava-te a dar uma pista, mas já vi que não te serviu para nada! As cuecas que tu estás sempre a usar são as cuecas Vermelhas!
- Nesse caso devia ser: Cuecas Vermelhas, não?!
- Sim, mas estar-te assim a chamar “Cuecas Vermelhas” não ia parecer muito bonito e normal, não achas?
- Mãe, por falar em estranho: …
- O que é?
- Hoje quando eu ia a casa da tia; quero dizer, quando eu passei pela vila não havia lá ninguém, só um homem a pedir esmola, e ele contou-me uma história Muito estranha!
- Ah… Que história querida?
- Que numa noite de lua cheia em que todas as pessoas estavam a dormir muito bem até aparecer uma mulher de Pijama a gritar Socorro, e as pessoas foram ver lá fora o que é que era e depois apareceram lá vários lobos que comeram as pessoas e isso…
A mãe da Isabel (“Cuecas Vermelhas”) ficou muito estranha e triste:
- Querida… olha…
- O que é mamã?
- Essa história é verdade e a minha mãe também morreu nesse dia…
- Desculpa mãe… – Disse Isabel – Eu não sabia!...
- Não faz mal querida, tu também não podias adivinhar isso! Vá, já é tarde, vai lá dormir.
- Mãe, são três e meia (15:30)
- A sério? Eu não disse que já não sabia o que dizia?! Disse a mãe de Isabel (Fernanda) a rir-se!
E Isabel riu-se também.
À hora de ir para a cama….
- Vá querida, agora sim está na hora!
- Deixa-me só ver este filme mamã!
- Nem pensar, tens escola amanhã, não podes ficar acordada até muito tarde! Vá lá querida; xixi cama.
- Hum… Está bem, convenceste-me, mas com uma condição!
- O que é?
- Tens que me contar uma história para eu adormecer, ok? – “Negócio feito!”
- Fixe!
Fernanda pegou Isabel ao colo e levou-a para a cama.
Na cama de Isabel…
- Vá mamã, agora tens que cumprir a tua promessa!
- Ok querida: Era uma vez uma linda princesa chamada Isabel… Começou Fernanda…
No dia seguinte…
- ISABEL! Gritava Fernanda da cozinha. – ISABEL DESCE PARA VIRES TOMAR O PEQUENO-ALMOÇO! ISABEL!
Como Isabel não respondia Fernanda foi lá a cima “buscar” a sua filha.
Isabel tinha as almofadas nos ouvidos ao mesmo tempo que dizia:
“-Vou ter 100 no teste, vou ter 100 no teste, vou ter 100 no teste!”…
Fernanda destapou Isabel e deu-lhe um beijinho. Aí Isabel acordou e perguntou:
- Que horas são?
- Hora de ir comer o pão!
- Ah… Isabel riu-se e respondeu: - Segundo os nossos códigos secretos isso significa: “ISABEL LEVANTA-TE JÁ PARA VIRES TOMAR O PEQUENO-ALMOÇO, SENÃO VAIS CHEGAR TARDE!” Certo mamã?
- Exactamente!
Isabel não parava de rir, até que caiu da cama e disse:
- Mamã… Caí da cama, não vou puder ir à escola!
- Ó, tadinha da menininha, não pode ir à escola!...
- Exactamente!
- VÁ, DEIXA-TE DE CONVERSAS E VAI-TE ARRANJAR IMEDIATAMENTE! (Fernanda era muito dura quando eram coisa relacionadas com a escola)
- Pronto está bem, vou me vestir, por isso pirex[2]
E Fernanda saiu do quarto da filha.
A caminho da escola…
- Mamã…
- Sim filha?
- Achas que o “ lobo da meia-noite” vai aparecer outra vez?
- Ó querida… Eu acho que não!
- Ainda bem!
- Olha, vamos aqui a esta pastelaria comprar-te uma merendinha para o lanche!
- Boa!
- Hum… Se calhar é melhor pedir para partirem a merendinha ao meio, uma metade para ti uma metade para mim!
- Nem pensar mãe!
- Estou a brincar!
- Ah, assim está melhor! Disse Isabel sorrindo para a mãe.
- Mas olha querida, qual foi aquela conversa de hoje de manhã?
- Qual conversa?
- Aquela de tu teres 100 no teste de hoje! Tu por acaso hoje vais ter um teste?
- Bem… Hum… Não… Quero dizer… Sim… Quero dizer… Mais ou menos!
- Bom, segundo os nossos códigos secretos isso tudo quer dizer SIM!
- Eu… Eu esqueci-me de te dizer mãe!
- NÃO ARRANGES MAIS UMA DESCULPA! TU NEM ME CONTAS-TE UMA COISA TÃO IMPORTANTE?!
- Eu ia contar; eu não queria que tu soubesses isto desta maneira, mas… esqueci-me!
- Está bem, mas só hoje… mas… outra coisa: tu por acaso ONTEM À NOITE estiveste a estudar para o teste?
- Nope…
- Isso é muito mau, mas vá lá, a ver se os milagres são mesmo reais!
- Isso mesmo, mas agora quero a minha merendinha!
- Sim filha, sim…
Na hora do recreio da escola de Isabel…
- Olá Isabel. Dizia a melhor amiga dela (a Rita).
- Olá Rita, tudo bem?
- Tudo, e contigo? Correu-te bem o teste?
- Mais ou menos, eu esqueci-me de contar à minha mãe que hoje tinha teste e ela ficou bué chateada comigo!
- Imagino…
- Ai isso é que não imaginas, levei um sermão daqueles!...
- Ah… Deve ter sido Horrível!
- Se foi miga, se foi… Bem, mudando de assunto; e a ti?
- A mim o quê?
- Correu-te bem o teste?
- Ya, estive o dia todo a estudar para o teste de hoje e acho que vou ter 100 (mas não é para me gabar)
- Ok, mas olha… já alguma vez ouvis-te falar do “lobo da meia-noite”?
- Hã?
- Bem, vou considerar isso como um “não”.
- O que é o “lobo da meia-noite”?
- Eu vou te contar uma história Muito assustadora, ok? – ok!
- Há muito, muito tempo… Bem, numa noite de lua cheia (era meia-noite) estavam todos a dormir muito bem e descansados até que ouviram uma mulher a gritar por Socorro, foram todos ver o que era aquele barulho e mal saíram de casa PUM! Deram de caras com lobos pretos, com olhos amarelos e dentes muito afiados!
- Achas assustadora Isabel? – Perguntou Rita rindo-se.
- Sim! É muito assustadora, porquê? Tu não achas?
- Nope!
- Mas olha que a mãe da minha mãe (a minha avó) morreu lá!
- A sério?! Quem é que te disse?
- A minha mãe!
- Ah… Nesse caso desculpa!
- Não faz mal Rita.
TRIM, TRIM.
- Olha, é o toque, temos que ir almoçar Isabel.
- Tens razão, eu só vou ali à casa de banho, ok?
- Ok, até já então.
- Até já Rita. Dizia Isabel dirigindo-se à casa de banho.
“Será mesmo verdade?” Pensou Isabel ao mesmo tempo que lavava a cara. “Como é que a Rita não teve medo? Será que eu sou a única burra que acredita?”… “Estou tão confusa; a minha mãe disse que é verdade, mas os meus amigos e os meus professores dizem praticamente o contrário!”…
- Olha, olha, quem é ela… a Isabel De meia Leca. (dizia a Mónica; uma rival de Isabel)
- O que é que foi Mónica??? Precisas de alguma coisa? Dizia Isabel gozando com Mónica.
- Não… Nada!
- Ainda bem!
Entretanto apareceu Rita que disse:
- Então Isabel? Porque é que demoraste tanto?
- Ah, desculpa!
- Não faz mal… Dizia Rita olhando com uma cara estranha para Mónica.
- O que é que foi? Nunca me viste? Dizia Mónica olhando para Rita.
- Nunca vi foi um verniz tão horrível, Isabel, já olhaste bem para aquilo?!
- Ya, aquele verniz é mesmo horrível!
E Mónica saiu dali a correr, pois ela não suportava que dissessem mal das suas coisas!!!
- Desculpa lá Rita, demorei assim tanto?
- Sim! Mesmo muito, olha, eu até acho que a hora do almoço já acabou, estás com fome?
- Não, não, não tenho fome nenhuma!
- Tens sorte!
De repente entrou na casa de banho a professora delas.
- Ah, olá Professora Francisca.
- Olá meninas, olha Isabel, a tua tia está lá fora à tua procura, ela diz que tem que falar contigo!
- É muito urgente?
- Não sei.
- Ok, eu já lá vou.
- Eu não sei se é muito urgente, mas pela cara da tua tia…
- Ok, eu vou lá, adeus Rita.
- Adeus Isabel…

- Olá tia Bárbara!
- Olá querida, vim-te buscar para irmos para casa!
- Tão cedo? O almoço acabou agora mesmo!
- Sim querida, mas a tua mãe tem uma grande surpresa para ti!
- Fixe, adoro surpresas! Vamos lá Tia!
- Vá querida, entra no carro.
A caminho de casa (no carro) …
- Tia Bárbara?...
- Sim querida?
- Já melhoraste do acidente?
- Mais ou menos, fui hoje de manhãzinha ao médico e ele disse que tinha melhorado, que podia andar de carro, mas que não podia fazer muitos esforços, essas coisas todas!...
- Ainda bem!
Em casa…
- Olá mamã!!!! Onde está a minha surpresa? É alguma prenda, é?
- Olá querida, olá Bárbara.
- Olá Fernanda. Dizia Bárbara admirando a casa e com um sorriso na cara. – Gira casa! É pena irem mudar!
- O quê?! Gritava Isabel sem perceber o que se estava a passar.
- Querida, a mamã já conseguiu um dinheirinho para comprarmos um andar num prédio! Não é óptimo?
- Sim!!! Mas… vou puder continuar a ir àquela escola, não vou? É que eu tenho lá as minhas amigas todas!
- Mais ou menos, só vais poder ir à escola às: Segundas, Quintas e Sextas…
- Ok mãe!
No dia seguinte…
- ISABEL! Ai meu Deus… - ISABEL! ANDA, NÃO QUERES VIR VER A CASA NOVA? ISABEL!!!
- Sim mãe? Dizia Isabel já prontinha ao lado da mãe.
- Ah… Sim senhora filha, estás linda!
- Podemos ir ver a casa?
- Claro, vamos! Dizia Fernanda muito entusiasmada.
No carro…
- Filha, vai tudo bem aí a trás? É que estás tão calada.
- Sim… Mas mãe, ontem, na escola contei àquela minha amiga, a Rita, lembras-te dela?
- Sim.
- Bem, eu contei-lhe aquela história do “lobo da meia-noite” e ela não acreditou, pelo contrário; até se riu, e eu fiquei a pensar que eu era a única burra que acreditava nesta história!
- Mas… ó Isabel disse-te que essa história era MESMO real, porque é que não acreditas?
- Eu acredito mãe, mas todas as pessoas (alunos e professores) dizem praticamente o contrário! Já não sei em quem acreditar!
- Ó filha… Olha! É este o prédio, gostas? Disse Fernanda mudando de assunto.
- Ya!!! É lindo mamã!
- Ainda bem que gostas, anda ver o nosso andar!
- Sim!
No elevador…
- Olha mamã, é aqui!
- Vamos.
Dentro de casa…
- Mãe… Dizia Isabel espantada – Isto é lindo de Morrer!
- Ainda bem que gostas!
- ADORO!!!
Isabel reparou que a mala da mãe (Fernanda) tinha várias fotografias da sua mãe Joana. E exclamou:
- Mamã, porque é que puseste tantas fotografias da avó Joana nessa mala? Quero dizer, há dias atrás, quando eu ainda não sabia da surpresa; da novidade, nunca reparei que essa mala tinha tantas fotografias da avozinha!
- Querida, a avó Joana; a minha mãe morreu aqui; quero dizer, ela vivia neste prédio! E certa meia noite… Bem, tu sabes o que aconteceu…
- Ah!... Olha, eu vou acreditar em ti; naquela história em que o lobo não vai voltar a aparecer!
- Fazes muito bem! Mas agora temos que ir às compras!
- Compras?!
- Sim, não temos nada aqui, sem contar com a mobília da outra casa!
- Tens razão, mas tens que me comprar um docinho ou outro…
- Desta vez não pode ser, já andas a comer muitos doces, mas se quiseres compro-te Só uma pastilha, ok?
- Ok mãe!
Nas compras…
- Mãe, eu quero esta pastilha!
Mas Fernanda estava completamente distraída, ela estava a olhar para uma senhora que estava de pijama azul no shopping.
- Mãe… Mãe?... MÃE!
- Hã? O que foi?
- Estavas a olhar para Marte ou quê? Eu disse que queria esta pastilha!
- Qual? A de laranja?
- Não mãe, tu sabes bem que eu não gosto de pastilhas de laranja, é a pastilha cor-de-rosa; de morango! Mãe, o que é que se passa contigo?
- Nada, mas já viste bem aquela senhora?! De Pijama num centro comercial! Onde é que já se viu?!
- Ah… Pois é!!! Que estranho, não achas?
- Sim!...
De repente a senhora começou a gritar muito alto:
- SOCORRO! SOCORRO! LOBO À VISTA! LOBO À VISTA!
Isabel entrou em pânico, pois Fernanda começou a correr com muito medo, mas Isabel não se conseguia mexer, pois estava muito espantada! Como Fernanda reparou que Isabel não se mexia arriscou em largar a mão dela.
Todas as pessoas fizeram um círculo, e dentro do círculo estava Isabel cheia de coragem e o lobo de olhos amarelos.
Pareceu que Isabel e o Lobo ficaram paralíticos, eles não se mexiam, parecia que estavam a falar pela mente… Depois Isabel falou:
- Olá, o meu nome é Isabel.
E o lobo começou a andar à volta dela e disse:
- Olá Isabel, o meu nome é Athur.
Ficaram todos de boca aberta, pois nunca se tinha visto um lobo falante (até hoje). Mas Isabel não estava nada espantada.
- Muito prazer Arthur…
- O prazer… é todo meu.
- Porque é que vieste aqui? (para um centro comercial)?
- Porque… Bem, um humano matou o meu filho, e eu agora quero saber quem foi o cobarde que fez isso!
- Ah… Mas olhe que eu acho que esse “cobarde” não está por aqui.
- Bem, nesse caso… mato um qualquer!!!
Nesse preciso momento fugiram todas as pessoas que lá estavam, mas Fernanda era incapaz de deixar a filha ali sozinha com o Lobo.
- Mas o que é que eu estou a fazer? Porque é que as minhas pernas não se mexem? O que é que eu vou fazer agora? Será que vou ser comida pelo lobo? Não, isso não!!!!!! Pensava Isabel com muito medo.
- Então? Não vais correr a gritar “Socorro” cheia de medo???
- Não. Dizia Isabel a rir-se.
- Isabel foge daí, o que é que estás a fazer? Anda daí filha!!! Gritava Fernanda.
- Espera mamã, eu tenho contas a acertar com este lobinho!
- Então ao menos despacha-te e tem cuidado querida, espero por ti lá fora (ao pé do carro) Fernanda já nem sabia o que dizia, estava a tentar confiar na filha Isabel.
- Foste tu que mataste a minha avozinha, não foste? Dizia Isabel irritada.
- Muito bem, já vi que estou a “competir” com uma menininha esperta.
- Então agora vais pagar por isso!
Isabel pegou num pacote de comida para cães e atirou-o ao lobo.
- TOMA LÁ ESTA!
O lobo lambeu um bocadinho da comida e desmaiou.
- Que bem! Eu sabia que ia resultar!
De repente apareceu a polícia:
- Mas o que é que aconteceu aqui? Estás bem miúda?
- Estou senhor polícia!
E depois todas as pessoas pegaram na Isabel e começaram a gritar:
- MUITO BEM!!! MERECES UMA MEDALHA DE OURO MIÚDA!
E outras pessoas gritavam:
- HURRA! HURRA! ESTA MIÚDA É UMA HEROÍNA!
Isabel foi ter com a mãe muito contente:
- Mamã!!!
- Filha! O que aconteceu lá dentro? Estás bem? Magoaste-te? Ó meu Deus, desculpa lá por eu não ter tido coragem para ficar lá dentro! Mas está tudo bem, certo? E o lobo? O que é que aconteceu ao lobo?
- Está tudo bem mamã! =)
- Mas e o lobo? Derrotaste-o?
- Sim mamã, atirei um pacote de comida de cão para a cara dele!
- Um pacote de comida de cão?! E derrotaste-o com isso?
- Isso é uma longa história mamã!

“Querido diário tornei-me das pessoas mais populares da escola! Agora apareço em todo o lado: na televisão, nas revistas, nos jornais… Mas toda a gente quer saber porque é que eu atirei um pacote de comida de cão para a cara do lobo malvado, e como é que eu o derrotei assim: Bem, aquilo não era bem comida de cão… era mais um “insecticida”… Hehehe, porque agora há insecticidas novos, que para além de matarem os bichinhos como os mosquitos também tiram as pulgas para os cães! E a tia Bárbara? Bom, ela ganhou duas vezes seguidas o Euromilhões (que sorte, não é)?!
E eu recebi uma medalha de ouro, a minha mãe agora arranjou um óptimo trabalho! É médica! E os outros lobos? Bem, eles foram encontrados mortos numa grande gruta no Pólo Norte, bem, devem ter morrido ao frio!
E lembram-se daquela senhora de pijama azul? Bem essa senhora era a Deusa de que aquele homem da esmola falou!

E tudo acabou em bem!

Escrito por: Mariana de Almeida Viegas Borges.
11 de Agosto de 2006




[1] Cota: Mãe que já está a ficar velha.
[2] pirex: vai-te embora.

domingo, agosto 13, 2006

A Rosa Falante

A Rosa é Brilhante,
Tem um Cheiro de Encantar,
A Rosa é Falante,
Tem o poder de Falar.

Os meus Poemas

O cão é mansinho,
É branco como o coelho,
Isso significa que é clarinho,
O nosso cão mansinho.

O gato da vizinha é muito assustador,
Assusta todos os que por lá passam
Ele tem que beber chá acalmador
Ou mostrar os cães que ladram!

O Touro é mais assustador que o gato,
Tem aqueles cornos na cabeça
Não parece NADA um rato
É o rei da realeza.

domingo, agosto 06, 2006

De Volta a Portugal

Olá meus amigos! =D
Cheguei de 10 (dez) dias em Inglaterra e adorei!!!! Inglaterra é um sítio muito diferente de Portugal. Um bar que eu gostei Muito em Inglaterra foi o "pret a manger"! Tinha umas sandes de atum e um iogurte!... Hum, cinco estrelas!
E por falar em cinco estrelas; Em Inglaterra nós estivemos em muitos hotéis: Hotel Russel, em
Londres, Hotel Square, Hotel Quality em Brytton, Hotel Holiday Inn em Oxford. O Hotel Russel tinha um comida muito boa; foi o melhor hotel de todos! =D

Adorei Inglaterra!....